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Quinta, 07 de Novembro de 2019

Piracema tem início com proibição de pesca de espécies nativas em Minas

Piracema tem início com proibição de pesca de espécies nativas em Minas

 

Piracema tem início com proibição de pesca de espécies nativas em Minas

            O período de restrição de pesca nas Bacias Hidrográficas do Leste de Minas Gerais e dos rios Grande, Paranaíba e São Francisco começou neste mês (1/11) e a limitação na atividade vai até 28 de fevereiro de 2020, devido à vigência da Piracema, que é a época de reprodução de peixes. 

            Durante a Piracema, a pesca de nativos das três bacias fica proibida. Só pode haver pesca de espécies alóctones, exóticas, híbridas e autóctones todas não nativas, e no limite de três quilos diários. Também nesse período, a pesca só pode ser realizada em trechos com distância mínima de mil metros a montante e a jusante dos rios, represas, barragens e lagoas, porque as cabeceiras dos mananciais são o destino dos peixes para a reprodução.

            Os equipamentos permitidos pela normativa do IEF, nesse período, são linha de mão com anzol, vara, caniço simples, carretilha ou molinete de pesca, com iscas naturais ou artificiais. Fica proibido o uso de redes e explosivos, instrumentos que, em período de reprodução dos peixes e de espécies em risco de extinção, causa a diminuição de populações inteiras de peixes, frutos do mar e até mesmo de plantas pertencentes ao ecossistema. Para portar o pescado e equipamento de pesca, no entanto, ainda que autorizado, é importante que o pescador mantenha a licença atualizada.

            As regras para pescaria, neste período, são definidas pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) nas portarias 154155 156 de 2011. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) já deu início às ações de fiscalização preventiva para coibir a pesca ilegal, com blitz e ações de inspeção em locais já conhecidos pela intensa atuação de pescadores e em peixarias.

            De acordo com o analista ambiental do IEF, Vitor Almeida, a Piracema é determinante para manter estável a saúde do ecossistema das bacias.  “É uma folga para que a natureza faça seu trabalho de reprodução, recomposição, e também para que o pescador consiga aumentar seu estoque pesqueiro. Sem a Piracema o impacto comercial e ambiental é maior e, ao longo do tempo, esse recurso pode ficar escasso”, alertou.

            A Piracema ocorre todos os anos e coincide com o início da temporada de chuva. Para evitar uma infração que pode ultrapassar R$ 1 mil, pescadores amadores devem portar a carteira de pesca. O documento pode ser obtido a partir do preenchimento do formulário disponível neste link.https://www.mg.gov.br/servico/obter-licencas-para-pesca-amadora

 

Fonte:http://www.ief.mg.gov.br/